O que não fazer com o seu dinheiro neste novo ano!

Economia, News

Apostar em papéis com retornos prefixados, ficar apegado à velha caderneta de poupança ou não ter uma diversificação da carteira estão entre os erros a serem evitados para investir melhor.

Neste momento, durante a pandemia do coronavírus, as pessoas têm uma visão de recuperação econômica, ou seja, um ambiente com baixa taxa básica de juros (Selic é de 2% ao ano), mas a inflação dá sinais claros de crescimento e preocupação com as contas públicas.

O mercado financeiro parece ter diminuído o crescimento dos juros, e um dos principais riscos é ficar refém de uma taxa de retorno pré-determinada. Separamos as melhores sugestões para te ajudar!

Títulos prefixados sem pensar nos prazos

O comportamento da inflação ainda não está claro, estava em 4,52% ao final de 2020, valor superior ao centro da meta de 4% estabelecida pela Comissão Monetária Nacional (CMN), mas ainda dentro do intervalo permitido. Se a atividade econômica entrar em ciclo de recuperação, os outros preços  tendem a subir, o que pressionará a inflação e o banco central a aumentar a taxa de câmbio da Selic. A taxa básica de juros é de 3,25% e a taxa básica de juros em dezembro de 2022 é de 4,75%. Considerando que a taxa de contração de determinado preço pode ser maior hoje até o vencimento dos títulos em questão, pode ser um erro ter títulos prefixados em carteira naquele momento.

Vale lembrar que a relação entre taxa e preço é inversamente proporcional. Toda vez que a taxa de retorno de um título sobe, seu preço diminui. E o contrário também é válido.

Não ter cuidado com o “turn around”

Inicialmente, devido a possíveis mudanças, empresas em processo de reestruturação empresarial (conhecido como processo de “turn around”) parecem atraentes, mas se não forem avaliadas adequadamente podem causar transtornos aos investidores. As ações dessas empresas costumam passar por períodos de forte queda nos preços e, depois que começam a se recuperar, atraem investidores em busca de retornos rápidos.

Essas empresas só podem escolher quando têm confiança na gestão (ou seja, executivos com histórico de resultados de execução), mas é recomendável que novos investidores evitem ocupar essas posições.

Evite pensar no custo dos produtos

Para quem não tem interesse em riscos e tem foco apenas no curto prazo, os fundos de renda fixa são sempre uma das opções mais acessíveis, principalmente o tipo DI. No entanto, essas carteiras estão basicamente investidas em títulos públicos atrelados à taxa Selic e, além de cobrarem imposto de renda sobre o faturamento, tendem a cobrar taxa de administração sobre o valor do investimento. Após a cobrança de 2% da taxa Selic a cada ano, a taxa de administração terá proporção maior no salário final.

A taxa cobrada pelo gestor deve ser proporcional ao risco e desempenho do gestor. Os fundos de renda fixa DI têm poucos requisitos para os administradores. Ele não deve cobrar taxas de administração.

Concentrar os investimentos

A bolsa atinge um recorde, o valor do Bitcoin é superior a 30 mil dólares, ou as notícias de que investidores estrangeiros têm garantido bons retornos nos últimos meses, principalmente ações de tecnologia, costumam fazer as pessoas procurarem notícias sobre grandes transações. Para obter o melhor retorno dentro, aloque os maiores recursos possíveis para uma aposta. Mas esse é um dos erros que os investidores precisam evitar: concentração de investimentos.

Em 2020, a acumulação de ouro B3 aumentou 56% e a taxa de câmbio do dólar dos EUA em relação à moeda brasileira apreciou cerca de 29%. Os alocadores de fundos geralmente recomendam esses dois ativos para proteger as carteiras de investimento. Independentemente da aparência, os investidores não podem permanecer em uma única classe de ativos. Hoje em dia, os métodos diversificados tornaram-se mais simples e você pode escolher opções com menor valor de aplicação inicial.

Aplicar na poupança
Não é segredo para ninguém que a caderneta de poupança tem sido há tempos apontada como uma alternativa a ser evitada pelos brasileiros. Com a taxa Selic em 2%, a caderneta de poupança gerou 70% da taxa básica de juros mais a variação da TR, que foi zerada desde 2018. Isso significa que, apesar da liquidez diária, a economia já pode gerar 1,4% ao ano. Embora não haja imposto de renda ou outros custos sobre o produto, a rentabilidade é bem inferior à inflação, havendo perdas para aplicações semelhantes (como DI ou Tesouro Selic).

Post a comment